terça-feira, 15 de setembro de 2009

Tudo mal na Bienal



Você foi ou pretende ir à Bienal do Livro? Se sua resposta for sim, pressuponho que a intenção era / é a de sair de lá com alguns... livros. Às vezes me surpreendo com minha sagacidade...

Ok, muita gente vai lá só para passear, mas o evento tem como finalidade vender livros. É principalmente para isso que serve a Bienal do Livro. Sair de mãos vazias de uma feira de livros é como ir à praia e não mergulhar. Às vezes me surpreendo com minha incrível capacidade de fazer analogias incríveis...

A vontade de comprar livros existe, mas parece que os expositores fizeram um pacto para desestimular o leitor. Parece que é melhor vender caro para poucos do que vender barato para muitos. Honestamente, não entendo a “política de preços” dos livreiros. Qual a vantagem de comprar um livro na Bienal? Na livraria aqui perto de casa ou na Internet, é possível comprar “A Cabana” por R$16,90. Na Bienal, custa R$19,90. Em alguns estandes, as editoras oferecem um desconto que o Collor chamaria de patuscada: “de R$39,90 por R$37,90”... que oferta tentadora, não? Aliás, não colocaram nenhum livro do Collor para vender lá, o que é um absurdo visto que se trata de um imortal da Academia Alagoana de Letras.

Ademais a organização do evento presume que os visitantes não sentem fome. Qual a explicação para uma praça de alimentação tão chinfrim, composta por fésti-fúdis que cobram por um lanche o dobro do que se paga por um prato de comida? O que justifica cobrar R$6,00 (seis reais) por um cachorro-quente só com pão murcho e salsicha? Se um casal com dois filhos quiser lanchar na Bienal, morre em quase R$50,00 para comer mal. Não há lixeiras pelos corredores (você caminha vários metros com a garrafinha de água na mão), e o calor é insuportável.

É evidente que há acertos também. Poucos. Por isso, fica aqui o protesto. Que os organizadores sejam mais sensíveis aos nossos bolsos. Queremos comprar, queremos consumir, mas esperar dois anos por um evento e perceber que os preços são iguais ou superiores aos encontrados nas livrarias é pra lá de frustrante.

3 comentários:

  1. Pois é, entre convites e a vontade que vem e vai, acabei não indo ainda. Acredito que nem irei. Não sei se vale a pena despencar pro Rio Centro, pagar pra andar muito, sentir calor e ver livros à venda por preços que não nos oferecem vantagem alguma.

    Depois de depoimentos como o seu, a vontade vem cada vez com menor frequência. (ainda não me conformei com a "queda" do trema!)

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  2. Pois é, Bienal virou um evento não atrativo. Longe, caro e quente.

    Não sei ainda que livros a minha amiga virtual comprou, mas ela me disse que gastou apenas R$25 em 3. Palavras dela: "Acabei de fazer as contas das compras da Bienal do Livro: comprei 3 livros e economizei R$89,00 em relação as lojas virtuais!" Então pelo menos um ou outro consegue se dar bem.

    Ah, quantas livrarias davam o desconto no estacionamento mesmo? rsrs

    Bjos!

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  3. Tava afim de ir, mas depois desse seu comentário, desisti.

    Abs.

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