A realização dos Jogos Olímpicos no Rio traria mais benefícios ou prejuízos para o cidadão carioca? Há dois exemplos recentes que demonstram o lado bom e o lado ruim dessa história.
O lado bom: Barcelona, 1992. Foram tantas as melhorias por lá que alguns dividem a história da cidade em “antes das Olimpíadas” e “depois das Olimpíadas”. Foi uma revolução em infraestrutura. Respeitando o orçamento de US$ 6 bilhões, Barcelona foi preparada para os Jogos e foi reconstruída, com monumentos restaurados e considerável melhoria nos transportes públicos, incluindo a expansão das linhas de metrô. Até hoje, a cidade colhe os frutos por ter sediado a maior competição esportiva do planeta.
O lado ruim: Atenas , 2004. Foram gastos US$ 16 bilhões e a cidade não aproveitou praticamente nada do que foi feito ou reformado. São várias as construções que só foram exploradas durante a competição, algo bem parecido com o que ocorre aqui depois do Pan. Falando nisso, talvez o Pan 2007 sirva como referência.
O orçamento inicial era de R$ 720 milhões, mas – surpresa! – no final, segundo a versão oficial, gastamos R$ 3 bilhões!!! Obras superfaturadas, sem licitação (sob a alegação de que era preciso cumprir os prazos e, assim, não haveria tempo para que todos os “trâmites” fossem respeitados) e, no fim, o que melhorou na vida do cidadão carioca? O custo compensou os benefícios? Aliás, quais são mesmo os benefícios? Se alguém citar o Engenhão, eu imito o torcedor do Botafogo e choro!
O lado bom: Barcelona, 1992. Foram tantas as melhorias por lá que alguns dividem a história da cidade em “antes das Olimpíadas” e “depois das Olimpíadas”. Foi uma revolução em infraestrutura. Respeitando o orçamento de US$ 6 bilhões, Barcelona foi preparada para os Jogos e foi reconstruída, com monumentos restaurados e considerável melhoria nos transportes públicos, incluindo a expansão das linhas de metrô. Até hoje, a cidade colhe os frutos por ter sediado a maior competição esportiva do planeta.
O lado ruim: Atenas , 2004. Foram gastos US$ 16 bilhões e a cidade não aproveitou praticamente nada do que foi feito ou reformado. São várias as construções que só foram exploradas durante a competição, algo bem parecido com o que ocorre aqui depois do Pan. Falando nisso, talvez o Pan 2007 sirva como referência.
O orçamento inicial era de R$ 720 milhões, mas – surpresa! – no final, segundo a versão oficial, gastamos R$ 3 bilhões!!! Obras superfaturadas, sem licitação (sob a alegação de que era preciso cumprir os prazos e, assim, não haveria tempo para que todos os “trâmites” fossem respeitados) e, no fim, o que melhorou na vida do cidadão carioca? O custo compensou os benefícios? Aliás, quais são mesmo os benefícios? Se alguém citar o Engenhão, eu imito o torcedor do Botafogo e choro!
O orçamento para a realização dos Jogos Olímpicos de 2016 é de R$ 30 bilhões. Ou seja, gastaremos, por baixo, uns R$ 70 bi para promover um evento que - conforme o que vimos após o Pan - não deixará legado. Pode ser interessante frustrar os paulistas que estão secando. Pode rolar até uma massagem no ego morar numa cidade que vai sediar o maior evento esportivo do mundo. Mas alguma coisa me diz que existem pelo menos dez coisas mais importantes que poderiam receber o mesmo investimento, trazendo muito mais benefícios para a população, como educação, saúde e segurança, por exemplo. Mas achar que vão investir nisso já é ingenuidade demais da minha parte...