Eu não vejo novelas. Nada contra, mas trabalho no horário em que elas são exibidas. Quando pinta uma folga, dou uma olhada numa cena ou noutra, mas não acompanho. Prefiro as que não se levam a sério, geralmente exibidas antes do Jornal Nacional. A das oito parece que anda sendo exibida às nove e, geralmente, carrega demais no drama.
Não exijo muita coerência na trama, fico impressionado com a qualidade da produção e lembro alguns personagens que foram marcantes graças ao talento de seus intérpretes. Consegui, recentemente, ver muitos capítulos de A favorita e confesso que curti, mas preferia outro final para a Flora.
Quando fui dar aula hoje à noite, percebi que muitos alunos faltaram. Em se tratando de candidatos a uma vaga de Delegado Federal, não imaginei que abririam mão da aula por conta do último capítulo de Caminho das Índias. Não que a aula seja melhor, mas por entender que na prova haverá questões sobre Gramática e Interpretação de Textos, e não sobre dalits e afins. Muita gente faltou e, segundo informações de alguns alunos na sala de aula, foi para ver a novela. Na saída do curso, encontrei uma aluna sentada num bar sozinha para acompanhar os derradeiros momentos da trama. Curioso isso, não? Quais são os ingredientes que fazem o último capítulo de uma novela ser tão especial? Será que é a sensação de alívio, pois a lenga-lenga vai ter fim? Será que é o tom de despedida (nunca mais verei essas pessoas)? Será que é para não ficar sem assunto no final de semana?
Eu não vi Caminho das Índias. E também não vi o último capítulo. Mas aposto que alguns clichês estavam lá. Vou enumerá-los e você haverá de concordar comigo: se eu acertar pelo menos setenta por cento, é sinal de que a novela não foi tão boa assim, ok?
- houve uma linda cena de casamento (ou mais de uma, ou casamento em grupo);
- uma das personagens secundárias terminou grávida;
- alguém supostamente morto reapareceu;
- um casal que passou a trama inteira sofrendo conseguiu se acertar;
- alguém ficou rico, milionário por “obra do destino”;
- houve uma – pelo menos uma – cena de reconciliação;
- o vilão terminou a trama morto, preso ou em tratamento psiquiátrico;
- houve pelos menos uma participação especial de uma celebridade;
- alguém descobriu o verdadeiro pai ou a verdadeira mãe;
- você sabia de (quase) tudo isso.
Segunda-feira estreia a nova novela das oito (nove, né?).
Eu já sei o último capítulo. E você?
Não exijo muita coerência na trama, fico impressionado com a qualidade da produção e lembro alguns personagens que foram marcantes graças ao talento de seus intérpretes. Consegui, recentemente, ver muitos capítulos de A favorita e confesso que curti, mas preferia outro final para a Flora.
Quando fui dar aula hoje à noite, percebi que muitos alunos faltaram. Em se tratando de candidatos a uma vaga de Delegado Federal, não imaginei que abririam mão da aula por conta do último capítulo de Caminho das Índias. Não que a aula seja melhor, mas por entender que na prova haverá questões sobre Gramática e Interpretação de Textos, e não sobre dalits e afins. Muita gente faltou e, segundo informações de alguns alunos na sala de aula, foi para ver a novela. Na saída do curso, encontrei uma aluna sentada num bar sozinha para acompanhar os derradeiros momentos da trama. Curioso isso, não? Quais são os ingredientes que fazem o último capítulo de uma novela ser tão especial? Será que é a sensação de alívio, pois a lenga-lenga vai ter fim? Será que é o tom de despedida (nunca mais verei essas pessoas)? Será que é para não ficar sem assunto no final de semana?
Eu não vi Caminho das Índias. E também não vi o último capítulo. Mas aposto que alguns clichês estavam lá. Vou enumerá-los e você haverá de concordar comigo: se eu acertar pelo menos setenta por cento, é sinal de que a novela não foi tão boa assim, ok?
- houve uma linda cena de casamento (ou mais de uma, ou casamento em grupo);
- uma das personagens secundárias terminou grávida;
- alguém supostamente morto reapareceu;
- um casal que passou a trama inteira sofrendo conseguiu se acertar;
- alguém ficou rico, milionário por “obra do destino”;
- houve uma – pelo menos uma – cena de reconciliação;
- o vilão terminou a trama morto, preso ou em tratamento psiquiátrico;
- houve pelos menos uma participação especial de uma celebridade;
- alguém descobriu o verdadeiro pai ou a verdadeira mãe;
- você sabia de (quase) tudo isso.
Segunda-feira estreia a nova novela das oito (nove, né?).
Eu já sei o último capítulo. E você?
Em se tratando de Glória Perez, foi melhor não ter acompanhado mesmo a novela. Inacreditável como as pessoas ainda conseguem perder tempo de vida assistindo tamanho lixo. Além de formulaica e incoerente, ela surta demais tornando a comunicação entre povos tão distintos quanto brasileiros e indianos em algo tão simples quanto pegar o celular e fazer uma ligaçãozinha pra tirar uma dúvida. Não dá pra engolir mesmo, fora que é a mesma coisa de sempre, né? Só muda a cultura abordada porque de resto é tudo igual. Sgeunda vai mudar? Putz! Lá vem Maneco e o maravilhoso mundo do Leblon, onde Helenas e cia. declamam falas super artificiais, distribuem sorrisos e gargalhadas aos quatro ventos, até quem vive com dificuldade tem uma ótima moradia, José Mayer continua nsendo pegador mesmo com cara de maracujá de gaveta e lições de moral e cidadania finalizarão cada capítulo.
ResponderExcluirNos resta mesmo aguradar os próximos Silvio de abreu, Gilberto Braga e João Emanuel Carneiro...
A última novela que tentei acompanhar foi aquela que tinha os Mezenga. Rei do Gado, né isso?? Já faz muito tempo. Lembro que o que chamou minha atenção foi o elenco mandando ver. tinham cenas espetaculares (pelo menos na minha ótica leiga) entre o Tarcísio Meira e o Antonio Fagundes. Só que aquela novela tinha duas fases e matar os personagens da primeira fase era preciso. As esposas de Meira e Fagundes eram Eva Wilma e Vera Fischer (não lembro quem pegava quem). Pois bem! Quando ambas receberam a notícia que seus respectivos haviam morrido, cada uma delas teve mais ou menos uns 17 minutos de cena chorando debruçadas nas porteiras de suas fazendas. Nem rock progressivo demora tanto! Pelamordedeus! Haja violino, hein! Se não me engano nessa mesma novela tinha umas cenas de um filho perdido na cidade com seu cachorrinho que era outro porre. Cada aparição do moleque levava 45 minutos de teclado triste. De lá pra cá nunca mais tentei ver novelas. Não dá!
ResponderExcluirBem, se partindo do princípio que se está assistindo a uma novela não pode querer muita coisa. Deve-se lembrar que novela não é filme, ela é para atingir a massa, e por isso o linguajar não é tão rico. Por isso que nos EUA e Índia se falam português... Não dá para colocar legendas em novela!! Muito menos fazer os atores falarem outro idioma.
ResponderExcluirNa verdade no final dessa novela teve algo interessante, o que queríamos pra Flora. A vilã fugiu da cadeia pela porta da frente e se deu bem! Teve casamento, mas já tinha gente grávida antes do último capítulo, só teve a descorberta que seriam gêmeos.
Eu achei, dentro do padrão novela (sem exigir muito), a novela boa! Curti as últimas semanas com a Cora e o Boblat no Twitter e foi mto divertido.
Há muito tempo não acompanhava uma novela, mas acabei vendo as 2 últimas. A próxima já sei que não vai rolar pq. já não me interessei pelo tema e tb. vou passar às noites estudando, tenho que correr atrás do tempo perdido...
Eu acho o tema "novela" algo um tanto quanto espetacular (em qualquer sentido da palavra) no Brasil. A massificação dos costumes trazidos por ela é, para mim, inacreditável e fantástico. Durante 9 meses, as pessoas falam o linguajar sugerido por ela (hare baba), ouvem as mesmas músicas, usam as mesmas roupas, esses dois últimos nem tanto em Caminho das Índias, mas vi muita gente na rua com o tal "terceiro olho" na testa. Eu lembro que no último capítulo de A Favorita, não havia ninguém nas ruas. É um tema bem interessante para ser discutido em uma tese sobre comunicação de massa.
ResponderExcluirCom relação ao último capítulo, não sou muito fã das novelas da Glória Peres, mas acho que ela acertou em alguns pontos nesta sua história. Ela mostrou como a nossa justiça é fraca e como vilãs da vida real podem se safar, como foi o caso dos assassinos da Daniela.
Agora... Manoel Carlos é foda. Vou esperar pelo Gilberto Braga que deve vir depois.
O tema dessa próxima novela não me atiçou nenhum pouco. E não acredito que a Taís já seja boa o suficiente para encarar uma protagonista. Fico feliz que eu tenho mil livros para ler, vou colocar a leitura em dia. rs
ResponderExcluirVai fazer sua monografa sobre isso, Naralina?
Bem, não tenho o costume de ver novelas (Vinicius ri), mas é verdade. Somente acompanho quando algo me chama a atenção e aí fico presa àquela trama, ferrou! No caso específico de Caminho das Índias, eu me prendi ao amor proibido e tão contestado entre pessoas de classes diferentes (Maia e Bahuan). Torci por eles mas parece que a Glória Perez teve que mudar seus planos para agradar a sempre "maioria" que dá o Ibope. Enfim, acho que hoje na Índia, não deve ser tanto assim como foi colocado ali, será?! Alguém que saiba com certeza poderia esclarecer aqui.
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