sábado, 1 de janeiro de 2011

O inferno são os outros


Já viram as matérias dos jornais nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro? Pessoas sorrindo, desejando paz aos outros, manifestando muita esperança de dias melhores. Bacana isso. Comovente. Há quem se emocione até mesmo com a posse da classe política! Mas não estou nesse clima. Estou mais para Michael Douglas em “Um dia de fúria!”
Um "filósofo de botequim" já disse que “as pessoas só fazem conosco aquilo que permitimos que seja feito”. Balela! Eu, do fundo do coração, gostaria de estudar o que se passa na cabeça de algumas pessoas. Por que fazem determinadas coisas? Se alguém puder me ajudar nessa empreitada, ficarei imensamente agradecido. Para não esticar muito o assunto, vou me ater a duas situações que me intrigam. Ei-las:
1) Deve-se respeitar o credo de todos. Nada de discriminar a religião alheia. Ok! Até aí, tudo certo. Mas, vem cá: seria muito pedir que os devotos de Iemanjá cultivassem sua fé sem emporcalhar as praias? Fico pensando se todas as religiões fizessem o mesmo. No primeiro dia do ano, oferendas a orixá dos rios e mares; num outro dia seria a vez de os católicos derramarem a hóstia no mar, em homenagem Àquele que andou sobre as águas; em seguida, os evangélicos despejariam cálices (ou baldes) de vinho tinto nas águas para simbolizar o sangue derramado na cruz; e depois os espíritas, e depois os hare krishna, e depois os budistas... Seria interessante, não? Seriam cadastradas todas as religiões, e cada uma teria um dia do ano para sujar as praias. Que tal?
2) Você está em casa, confortavelmente instalado na poltrona, lendo apaixonadamente um livro delicioso e, de repente, um sujeito para o carro na esquina, abre o compartimento traseiro, exibe os 475 alto-falantes e liga o som. Alto, é claro! Música ruim, é óbvio! Serão, no mínimo, três horas de inferno. Serão malditos momentos nos quais você vai questionar os benefícios de ter os ouvidos funcionando bem. Serão amaldiçoados e intermináveis minutos de tortura jamais experimentados por qualquer militante preso pelos milicos nos anos de chumbo. Por que isso? Por que esses retardados acham que todos os moradores daquela rua devem curtir aquele som podre? Por que é tachado de chato quem solicita educadamente que os debiloides abaixem o volume? O que se passa na cabeça desses boçais? Cadê o revólver???

3 comentários:

  1. Meu caro, as pessoas que exibem seu péssimo gosto musical da forma relatada em seu texto deveriam ir direto para o inferno. Sem purgatório nem nada. Se bem que nesse caso nem o Diabo agüentaria. Quanto a "sujar" a praia com oferendas é melhor deixar quieto antes que façam um despacho contra você rsrsrs

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  2. Eu sempre digo que todo cidadão de bem merece o direito de possuir um lança chamas e um lança granadas (já pensou uma granada dentro do porta malas dessa criatura?).

    Se você realmente deseja entrar na cabeça dessas pessoas use botas bem grossas e de canos bem longos. Tenha em casa um estoque de desinfetante e antibióticos. Não esqueça de limpar bem sob as unhas depois.

    Quanto às ofertas no mar, falta visão aos "empresários candombleiros", que ainda não criaram a eco-oferenda com barquinhos biodegradáveis

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  3. passei o final de ano em cabo frio e choveu gente sem noção, desfilando de carro com pagode ou funk na altura máxima, as placas dos carros revelam muita coisa se é q vc me entende.

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