Parece que, de certa forma, funcionou como um consolo para boa parte do público feminino. É como se elas se sentissem vingadas. O homem que acredita no que vê na TV ou na Playboy é um trouxa. Aquelas beldades não são tão bonitas assim. As celulites, as gordurinhas, as estrias, as varizes... tudo é apagado, e uma mulher imperfeita (normal) passa a ser perfeita, com curvas acentuadas, pele bronzeada e flacidezes (adorei esse plural) eliminadas.
Além disso, para as desprovidas de atributos, é possível alegar que a culpa é da ausência de photoshop. Quando um homem admira a beleza da celebridade na novela, a mulher pode se defender, dizendo: "Com a produção que ela tem, até eu!". Já imaginaram? O marido comenta com sua mulher: "Amor, acho que você está engordando". Ela replica: "Pague um photoshop pra mim que suas suspeitas não se confirmarão."
Sei não, mas passa pela minha cabeça a hipótese de num futuro próximo não haver mais mulheres originais, assim como os cds, os dvds, os softwares e as carteirinhas de estudante. Taí a Ângela Bismarck para não me deixar mentir.
Gorda ela não é.
ResponderExcluirMas vão querer ajeitar tudo, aí volta e meia acontece um erro desses. Modelos sem umbigo, com um braço maior que o outro, por aí vai...
A siliconagem e photoshopagem geral é a evolução(?) da maquiagem. Desde muito tempo tenta-se esconder/corrigir imperfeições, mas obviamente o batom ou o pó de arroz têm muito menos chances de causar malefícios a alguém. A questão é o valor que a estética ganha a cada dia que passa.
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