segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

As feias que me desculpem, mas Photoshop é fundamental



Em Londres e Paris, legisladores apresentaram propostas para que campanhas publicitárias contendo fotos retocadas com o photoshop (ou seja: todas elas) explicitem no anúncio o uso de tal recurso. Eles estão preocupados com a possibilidade de meninas e mulheres se sentirem excessivamente pressionadas a corresponder às imagens presentes nas revistas de beleza. "Quando adolescentes e mulheres olham para tais fotos nas revistas, elas acabam se sentindo infelizes consigo mesmas", disse um dos parlamentares britânicos. O depoimento de uma legisladora francesa é ainda mais interessante: "Essas fotos podem levar as pessoas a acreditarem em realidades que, com frequência, não existem".

E agora? Será que a proposta vira lei? E será que, virando lei, pega? O que vale a pena discutir, entre outros aspectos, é o seguinte: o fato de aparecer na foto que o photoshop foi utilizado vai resolver “o problema”? A menina vê uma “mulher perfeita” na foto e se sente mal, mas, se aparecer, lá no rodapé, “contém photoshop”, a menina que não tem aquele corpo se sente bem. É isso?

Outra proposta – mais radical – sugere acabar com o uso do programa que retira “imperfeições”. Photoshop proibido! Os mais sarcásticos vão dizer que essa proposta é coisa de gente feia. Os conservadores vão apoiar a medida, afinal de contas, sem photoshop, todas as mulheres serão “decentes”. Fiquei imaginando os comentários feitos diante de um ex-BBB na Playboy: homem: “que bunda!”; mulher: “ali as celulites!”; homem: “que bunda!”; mulher: ali as estrias!”; homem, variando um pouco a análise: “hum, que bunda!”; mulher: “é ruim de num tá com photoshop, hein!”

Faz um tempinho que o ideal de beleza exige uma vida de sacrifícios. Mulheres bonitas devem ser magras, muito magras. Se sentar e fizer dobrinha ou bolinho na barriga, de imediato vêm à mente academia, dieta e lipo. Apareceu bochechuda na foto? Apaga e tira outra, na qual basta prender a respiração para melhorar a pose.

E qual o papel masculino nessa trama? Quando o assunto é ideal de beleza, as mulheres se sentem pressionadas por quem? Não dá para generalizar, por isso falo por mim: a beleza (subjetiva que só ela!) é assaz desejável, deveras agradável! Porém, outros atributos são muito mais interessantes. Inteligência, bom humor e companheirismo, por exemplo, falam mais alto. Garanto! Palavra de quem só “pegou” mulher bonita!

Ou não!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Muda o título, Maneco!


Marcos é casado com Helena, mas teve (está tendo) um caso com Dora, que está grávida dele (Marcos) ou do argentino (ela não sabe quem é o pai), dono de uma pousada em Búzios. Helena, esposa de Marcos, está flertando com Bruno (filho bastardo de Marcos). Bruno já pegou Luciana (filha de Marcos, portanto irmã- por parte de pai – de Bruno). Gustavo é casado com Betina, mas tem um rolo com Malu (prima de Betina). Malu é noiva de “Bebezão”. Betina, esposa de Gustavo, tem um caso com uma porta... quer dizer... com Carlos, personagem “interpretado” por Carlos Casagrande. A filha de Betina e Gustavo é casada com um dono de restaurante que pega uma cliente. E Miguel, irmão gêmeo de Jorge, deixa claro que é a fim de Luciana – namorada de Jorge. Miguel tem uma namorada – Renatinha – que passa mais tempo com um “amigo” do que com ele (Miguel).

Na boa: a novela se chama Viver a Vida, mas é impressão minha ou seria mais adequado outro título? Que tal "Pegação Geral"? Ah, não! Parece coisa de adolescente... Quem sabe "Todos somos cornos"? Hum, péssimo... péssimo, além de vulgar! Ah, talvez "Orgias no Leblon"? Horrível, né? Tá bom, eu me rendo: sou fraco para títulos! Sou pior até mesmo que o Manoel Carlos! Mas, se você analisar o enredo da novela direitinho - bem direitinho -, perceberá que os títulos sugeridos não agridem tanto.
Prefiro viver outra vida!