Se o tempo hoje vai depressa, não está em minhas mãos
Cada segundo me interessa, me resolvendo ou não
Quero uma fermata que possa fazer agora
O tempo me obedecer
E só então eu deixo os medos e as armas pra trás
Tônia Carrero já disse que a velhice é uma droga, mas a outra solução é pior. Mas, sem querer fazer desse post uma coletânea de citações, prefiro aquela que diz “Não paramos de brincar porque envelhecemos; envelhecemos porque paramos de brincar!”.
Recentemente tenho brincado pouco. Desde março, entrei numa sequência de aulas que tomaram praticamente todo o meu tempo. Mas quem disse que eu tenho o direito de não ter tempo? Os amigos cobram presença, as filhas reclamam atenção, o corpo nos acusa de relaxados, os filmes saem de cartaz, as peças também, os papéis ficam bagunçados, o cabelo despenteado (ok, isso é normal comigo). E, nos poucos intervalos, temos que twittar, facebookar, msnear... menos mal que já foi para o espaço a mania de orkutar.
Estamos tão acostumados a saber de tudo o tempo todo, a pensar, analisar, julgar e comentar sobre o que o outro fez, deixou de fazer, se está mais ou menos feliz nas fotos, se pensa igual ou diferente nesses novos tempos modernos de fofocadas mais elitizadas, ou mais permitidas, ou menos "feinhas" de se fazer, ou nem sei o que dizer (facebook, twitter, msn...) que quando nos deparamos com algumas coisas que não ficam a nossa mercê, como o tal tempo, as deliciosas contas que não param de chegar, e tantas "coisitas" atreladas, como ansiedade, saudades, esquecer um velho amor e etc e tal; nos sentimos desorientados, inquietos e nos vemos como a tal música (me permita minha primeira citação): "Quero uma fermata que possa fazer agora O tempo me obedecer E só então eu deixo os medos e as armas pra trás".
ResponderExcluirO imperativo está sempre presente para justificar nossas tentativas em deixar algo. Por isso nossa dificuldade em descansar por descansar, relaxar por relaxar, e a trabalhar um pouco mais porque precisamos, optamos e/ou gostamos (por que não?).
Se quisermos juntamente com Carolina (minha amiga tbm) ficarmos na janela, ou trabalhar mais um pouco numa sexta à noite,ui ui ui meu amigo... Vamos ter que raciocinar altas explicações ultra coerentes a começar para nós mesmos! Afinal, quem aprendeu desde sempre a se permitir tranquilamente? Eu estou tentando.